05 fevereiro 2013

[RESENHA] Divergent #1: Divergente

Divergente é um livro que quero ler desde que tive contato com a sinopse dele há... bom não sei há quanto tempo, mas vocês estão cansados de saber o motivo de eu esperar o lançamento aqui, nem vou começar a falar disso. O fato é: Divergente é o tipo de distopia que você vai querer ler. É um livro envolvente e  viciante.

Este livro acontece em Chicago num futuro distante, depois de uma grande guerra surge uma nova sociedade e ela é dividia em cinco Facções, cada uma delas abomina um determinado comportamento humano e acredita que ele é a fonte do desentendimento entre as pessoas. Então a meta dos integrantes de cada uma dessas Facções é acabar com esses males.


Da Abnegação fazem parte aqueles que acreditam que o mal está no egoísmo; aqueles que, por sua vez, acreditavam que o caos era causado pela covardia se juntaram à Audácia; na Amizade estão aqueles que acreditavam que a desordem estava na agressividade; pessoas que se juntaram à Erudição eram os que repudiavam a ignorância e à Franqueza se juntaram aqueles que acreditavam vir da duplicidade os males da humanidade.

Essa é a realidade de Beatrice, uma adolescente nascida na Abnegação. Ela e seu irmão estão para escolher para que facção vão, mas aqui surge um problema: se ela sair da Abnegação deve deixar para trás sua família pois "a Facção vem antes do sangue", esse é o pensamento de todos os cidadãos de Chicago nesta época.

Para ajudar na escolha há uma espécie de "teste vocacional". Nele os adolescentes passam por uma simulação mental e que deve indicar em qual das Facções ele ou ela se daria melhor, é decisão de cada um seguir a indicação do teste ou não. É neste momento que a situação complica consideravelmente para a nossa protagonista, ela está apta a estar em mais de uma Facção, o teste aponto que Beatrice pode ir para a Erudição, a Abnegação ou Audácia, isso significa que ela é uma Divergente! A garota não sabe muito bem sobre isso, só que está correndo muito perigo e que é necessário que ninguém mais saiba sobre isso, inclusive sua família.

Quando ela finalmente faz sua escolha, de ir para a Audácia, Beatrice acaba decidindo mudar de nome, agora ela é Tris. É assim que ela vai se apresentar para Quatro, um dos membros da facção e que será muito importante para ela num futuro próximo. Ainda no primeiro dia  ela descobre que apenas dez dos novatos nascidos e transferidos para a Audácia se tornarão membros da mesma. Eis que o pior pesadelo de Tris pode se tornar realidade: ela pode se tornar uma sem-facção, que é considerado pior que morrer para essa sociedade. Será que ela é forte o suficiente para passar por todos os testes?

Eu já li algumas resenhas sobre esse livro e todas o comparavam com The Hunger Games, não vou fazer isso por um motivo muito claro: detesto Jogos Vorazes desde que li o último livro da trilogia não me matem. Já fazia muito tempo que estava de olho nesta distopia, mas como não estava lendo em inglês (sim, voltei a ler em inglês esse ano!), tive que esperar uma editora nacional comprar os direitos para publicar. Para minha sorte foi uma parceira do blog, então assim que pude solicitei o livro para resenhar e sinceramente? Vou ler Insurgent em inglês mesmo porque não consigo esperar o livro chegar aqui. O final é desesperador!

Divergente é um livro emocionante, que me fez perder noites de sono para saber o fim dele e, quando finalmente estava terminando o livro, não queria que ele terminasse, mas queria saber o que acontecia (confuso? É eu sei!). As personagens criadas por Veronica Roth são tão bem elaboradas que parecem reais, mesmo aquelas que deveriam ficar em segundo plano.

Tris é uma das minhas heroínas preferidas da literatura no momento, além de determinada, corajosa e independente ela também é genial (um traço que a autora passou pra ela?! rs). Já o Quatro não é aquele tipo de cara que tenta defender a garota e acha que ela não é capaz de conseguir as coisas por si mesma, na verdade ele exige muito de Beatrice justamente para que ela possa ser mais e mais forte. A ligação que vai nascendo e crescendo entre eles durante todo o livro é muito interessante. Fora isso, há uma história bem interessante por trás de quem ele realmente é o motivo de ser chamado assim.

Preciso comentar o fato de que esse livro é muito, mas muito diferente dos que em geral a editora Rocco publica. Ele tem a parte interna preta (como os livros de Os Instrumentos Mortais) e tem folhas amarelas (#momentopasmem!). Páginas amarelas agradam nove entre dez leitores e eu gostaria mesmo que a Rocco publicasse mais ou todos livros com páginas assim.

Para quem não sabe haverá um filme baseado em Divergent que possivelmente começa a ser gravado no mês de abril, para mais detalhes sobre a trilogia ou sobre o filme eu indico o fansite Divergente Brasil, o pessoal de lá é um amor e sempre que sai uma notícia nova eles postam! Inclusive já temos uma Tris Prior, a atriz (confirmada pela própria autora) é Shailene Woodley.

Bom para quem gosta de Distopias minha recomendação hoje em dia é sempre Divergente, sei que ele é um livro caro, mas vale cada centavo que gastar com ele. Como não poderia deixar de ser, para esse livro minha nota é cinco estrelas, menos que isso seria uma injustiça.


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