[RESENHA] Knightley Academy #1: Academia Knightley
Diferentemente de todos os outros livros que costumo ler e resenhar da iD, não tinha nenhuma indicação de que Academia Knightley seria uma boa aposta, mas toda vez que entrava no site antigo da Editora iD ele era o primeiro que chamava a atenção, como se a imagem da capa fosse maior que a dos outros livros, então resolvi que iria apostar nele, dar um tiro no escuro, por assim dizer. Às vezes é bom começar um livro sobre o qual nunca tenha ouvido falar, parece que descobrimos as maravilhas e que ele se torna mais nosso que de qualquer outra pessoa.
O Colégio Midsummer para
Rapazes é famoso por não aprovar nenhum garoto no exame da Academia
Knightley há cinco anos e o aluno que quebrar essa "maldição" será
lembrado por muito tempo. Quando enfim chega o dia de fazer o teste é
anunciado que qualquer garoto que residia no colégio e tivesse a idade
apropriada poderia fazê-lo, isso na verdade parece um golpe de sorte
para Henry, um empregado da escola que trabalhava durante o dia e tinha
aulas ilícitas durante a noite com o professor Stratford.
O garoto é muito esforçado, sempre fazendo o melhor que pode, mas não tinha muitas esperanças quanto ao seu futuro, afinal o quão alto um empregado órfão que limpa a lousa das salas de aula poderia sonhar no fim do século XIX? Concordam comigo quando digo que, não muito alto já que naquela épocae, talvez, até nos dias de hoje as pessoas eram julgadas por seu status.
Mas contra todas as chances é permitido a Henry fazer o mencionado exame de
admissão e, superando até seus melhores sonhos, ele passa! Isso provoca a
ira de Valmont, um aluno nobre do colégio Midsummer que desde antes já
não gostava nada muito do "empregadinho" (Valmont o chama assim). Para falar a verdade agora ele o odeia.
O garoto é muito esforçado, sempre fazendo o melhor que pode, mas não tinha muitas esperanças quanto ao seu futuro, afinal o quão alto um empregado órfão que limpa a lousa das salas de aula poderia sonhar no fim do século XIX? Concordam comigo quando digo que, não muito alto já que naquela época
Mas nem tudo são flores,
tablóides vem publicando que o Chanceler Mors está proibindo as
mulheres de frequentarem escolas, impondo um toque de recolher e
quebrando o Tratado de Longsword, o qual proíbe qualquer treinamento de
combate para alunos porque, se pensarmos bem, enquanto ninguém for
treinado para a guerra ela não ocorrerá. Esse fatos não são isolados e
influenciarão a vida do cético Henry no decorrer do livro. Os tablóides
também mostram que a Academia abriu vaga para mais dois alunos plebeus
para testar e, se funcionar, alguns plebeus vão poder entrar na
Knightley, mudando 500 anos de história.
Depois do primeiro plebeu ser
aceito, o diretor Winter decide abrir vaga para mais três, e é assim
que Adam e Rohan aparecem na estória, Adam é de uma família de
banqueiros judeus e, mesmo sendo rico, ele ainda não é considerado um
nobre. Rohan filho adotivo de um aristocrata pois sua mãe morreu logo
depois de dar a vida para ele. Ser adotado por um conde não faz dele um
nobre, pois sua mãe era uma indiana. E além dos meninos citados, ainda
temos Francesca Winter, filha do diretor, que é uma jovem muito incomum,
expulsa de quatro escolas para garotas por pura rebeldia (preciso dizer que amei ela durante a leitura?). Ela também
detesta bordar, piano, pintura, roupas, sapatos e tudo o que as meninas
de sua idade adoram me identifiquei com ela, e tem vontade de aprender exatamente o mesmo que os garotos, e com a ajuda do professor Stratford, ela vai começar a fazê-lo.
Depois das aulas começarem a
vida dos três garotos se transformam em um verdadeiro show de horrores,
eles são sabotados o tempo todo, no começo meras cartas, mas depois as
coisas começam a ficar mais sérias, a biblioteca é trancada e um deles
passa a noite lá dentro, há tentativas de assassinato e, no começo, tais
sabotagens parecem ser obra de Valmont, mas isso é mal de mais até
mesmo para ele e então os garotos começam a desconfiar que é alguém mais
poderoso quem está por trás de tudo.
Eu realmente adorei o livro,
narrativa envolvente, enredo completamente novo, a época da escola, o
contexto: tudo me fez gostar ainda mais dele. Preciso ressaltar que se
você procura romance no livro em questão, não vai achar um que lhe
agrade, pois ele é inexistente, no máximo uma paixãozinha não
correspondida entre Adam e Frankie, e com certeza não é o foco do livro,
mas se procura algo novo pode apostar na obra de Violet.
Não tenho muitas reclamações a
fazer, não achei nenhuma palavra errada, os cenários são descritos
muito bem, as cenas são empolgantes, mas a autora esquece de que é
necessário que todos os personagens tenham um vocabulário
adequado e não apenas dois ou três, essa é a única reclamação que tenho,
no mais ele é muito bom.
Sei que o mais importante do livro é o conteúdo, mas a diagramação e o acabamento são maravilhosos, como sempre a iD fez um trabalho de fazer qualquer admirador babar, e ter um livro com
conteúdo agradável e bonito não vai contra as regras! Abaixo estão as capas
nacional e uma que eu não sei de onde é acho que é a americana, eu prefiro a nossa milhões de vezes!
Ahh e mais uma coisa que eu
gostei nesse livro é que ele não termina com quinhentos milhões de
pontos em aberto como vários outros e mesmo assim mal posso esperar para
ler The Secret Prince, livro que da continuação a essa trilogia, e que infelizmente ainda não tem uma data para ser lançado aqui no Brasil, e olha que esse primeiro livro foi lançado a anos!
Título: Academia Knightley| Série: Knightley Academy | Páginas: 415
Autor(a): Violet Harberdasher | Editora: iD
Marcadores: Editora iD, Knightley Academy, Resenhas, Violet Harberdasher
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial