18 janeiro 2018

[RESENHA] O Melhor Que Podíamos Fazer


Oi gente! Hoje vamos falar um pouquinho sobre uma graphic novel que abalou meu mundo e me virou de cabeça para baixo, tirou meu fôlego e apertou meu coração. Sim, O Melhor Que Podíamos Fazer que foi laçado pela Editora Nemo tem essa capacidade de mexer com as suas emoções, bagunçar seu mundo e te emocionar desde a primeira página.


Antes de mais nada eu preciso que você entenda que esta não é uma grapic novel comum, aqui não estamos acompanhando a história de um personagem, o livro traz memórias gráficas da própria autora. Então, tendo isso em mente, leia o restante da resenha.

É o ano de 2015, Thi Bui está em trabalho de parto e, apesar de insistir em um parto natural, os médicos acabam fazendo uma cesariana e, depois do parto tumultuado e um tanto violento, ela finalmente conhece o seu filho, fazendo novos sentimentos aflorarem, o que a faz compreender melhor sua mãe, que não só tinha passado pela experiência de dar a lus várias vezes, como também havia sofrido violência obstétrica, ainda que no tempo dela não houvesse o termo. Thi Bui mesma não sabe o que teria acontecido sem o apoio da mãe e do marido durante a gravidez.


O nascimento do filho não só torna Thi mais empática em relação a sua mãe, mas também a faz relembrar e questionar o passado. Então vamos conhecer a história pregressa de Thi, cuja família teve que imigrar para os Estados Unidos depois da queda do Vietnã, quando a própria autora era apenas uma criança, tendo que deixar sua terra natal e se adaptar a uma nova vida, diferente de tudo que já conheceu.

Eu não quero contar muita coisa sobre a história porque cada detalhe que dou me parece não ser o suficiente para justificar o quão maravilhosa é esta e história e, ainda assim, a cada nova informação fico com essa sensação de que estou roubando de vocês o prazer de descobrirem por si mesmos o quão rica, emocionante, arrasadora e incrivelmente linda é a história de Thi Bui.

O livro é permeado pelo saudosismo e pela angústia advinda da mudança da família da autora ao mesmo tempo em que possui um tom claro de esperança que torna impossível não se encantar pela narrativa. Além disso, a escrita poética combinada aos traços marcantes fazem deste livro uma obra única em qualquer sentido.


Histórias reais provocam em mim sentimentos diferentes daquelas que são ficcionais. Eu sofro mais porque tudo ali naquelas páginas realmente aconteceu com alguém, mas também comemoro mais uma vitória, por menor que seja. Sofri e sorri com O Melhor Que Podíamos Fazer como há tempos não fazia.

Honestamente acredito que não há um tema mais atual do que as pessoas abandonando seus países porque viver lá se tornou impossível e como sempre acreditei que um livro pode sim mudar as pessoas, talvez, a história de Thi Bui consiga mostrar para todos aqueles que julgam fácil abandonar seu país de origem e ir para um lugar completamente novo e estranho, que na verdade está não é a primeira opção dessas famílias. Ou a mais fácil. 








Título: O Melhor Que Podíamos Fazer 
Páginas: 336
Autora: Thi Bui 
Compre: Amazon
Tradutor(a):  Fernando Scheibe 
Editora: Nemo

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13 Comentários:

Às 18 de janeiro de 2018 às 18:47 , Blogger Mrs. Margot disse...

Nunca li um graphic novel, mas esse parece uma óptima maneira de começar, excelentes ilustrações =)

MRS. MARGOT

 
Às 18 de janeiro de 2018 às 21:54 , Blogger Saga Literária disse...

Olá, tudo bem Jessie?

Eu li essa graphic novel nessa tarde de quinta-feira e achei espetacular, a autora por da sua história e da história da sua própria família conseguiu me emocionar, em muitos países na África e Ásia muitas famílias devem viver situações semelhantes ao da autora. Adorei a sua resenha, ficou muito boa! Super recomendo "O Melhor que podíamos fazer" para todos!
Abraço!

 
Às 19 de janeiro de 2018 às 08:17 , Blogger Cabine de Leitura disse...

Nunca li nada de graphic novel , é algo novo para mim. Quanto ao enredo, eu acho que já me toca por falar de maternidade, depois que me finalmente me tornei mãe isso me comove, ainda mais quando sei que é algo real. Deixo a dica anotada, por se tratar de um gênero novo pra mim e por abordar assuntos tão reais que não vemos todos os dias nos livros.

Beijos.
https://cabinedeleitura0.blogspot.com/

 
Às 19 de janeiro de 2018 às 16:59 , Blogger Jessica Andrade disse...

Olá,

Li essa Graphic Novel no fim do ano e a história me surpreendeu bastante por ser tão tocante e emocionante.
Espero ter a oportunidade de conhecer mais histórias assim.
Bjs
http://diarioelivros.blogspot.com.br

 
Às 19 de janeiro de 2018 às 22:18 , Blogger Dayhara Martins disse...

Eu sempre vejo essa capa e me pergunto sobre o que essa história fala, nunca pesquisei sobre então achei sua resenha muito interessante. Os traços são lindos e fiquei interessada em ler. Realmente violência obstétrica precisa ser falada e questionada.

 
Às 20 de janeiro de 2018 às 15:39 , Blogger Isa Araújo (Menma) disse...

Olá!!!
Eu me interesso por Graphic Novels ou até mesmo as nossas amadas HQs *-*
Interessante e forte que a autora tratou de fatos que aconteceram com ela, e a partir daí construiu sua própria história.
Realmente, temas como o tratado na Graphic Novel são importantes neste momento em que estamos vivendo em nosso mundo.

lereliterario.blogspot.com

 
Às 23 de janeiro de 2018 às 09:11 , Blogger Book Obsession disse...

Olá!
Que legal essa graphic novel autobiográfica. Me chamou atenção pela inovação porque até então nunca tinha lido algo parecido.
Deve ter sido uma ótima experiência e vou indicar para os amigos que curtem o gênero.
Beijos!
Camila de Moraes.

 
Às 23 de janeiro de 2018 às 16:05 , Blogger Vitória Zavattieri disse...

Ooi,
Não curto muito graphic novel's mas eu achei a história e a temática dessa muito interessante. Histórias reais também me tocam de uma forma diferente, então quem sabe, eu dê uma chance a essa história.

Corujas de Biblioteca

 
Às 23 de janeiro de 2018 às 21:58 , Blogger Maria Luíza Lelis disse...

Oi, tudo bem?
Eu ainda não conhecia essa graphic novel, mas achei muito interessante por se tratar de uma história real tão tocante. No entanto, eu tenho um problema com o gênero. Eu não consigo ter paciência com graphic novels, independente da história.
Vou fazer uma tentativa esse ano com Persépolis, que eu já tenho e também é uma história real. Se gostar, vou ler essa que você indicou, porque sua resenha despertou meu interesse e parece ser uma leitura muito comovente.
De qualquer forma, adorei a resenha e fico feliz que você tenha gostado tanto da leitura.
Beijos!

 
Às 23 de janeiro de 2018 às 23:36 , Blogger Nina disse...

Oii
Não sou de ler Graphic Novel, mas acho extremamente interessantes. Adorei as ilustrações desta que apresentou. Concordo com você, sofro muito mais quando a história é baseada na realidade (apesar de que choro muito com fantasia também, rs).
Nunca havia visto uma Graphic Novel "biográfica". Achei original.

Vícios e Literatura

 
Às 25 de janeiro de 2018 às 16:07 , Blogger Unknown disse...

Oie, tudo bem?
Menina que Graphic Novel linda né? Tanto na arte quanto na história.
Eu também fico muito abalado com histórias reais, possuo empatia muito grande pelas pessoas e ler alguma coisa sabendo que todo o sofrimento foi mesmo referido a alguém, me derruba demais, com certeza eu pegaria uma ressaca depois de ler isso, mas não me faz querer ler menos, pelo contrário, me instiga.
Adorei a dica e a resenha, beijos.

 
Às 5 de fevereiro de 2018 às 21:23 , Blogger Bru Costabeber disse...

olá!
Eu não tenho o costume de ler Graphic Novel, mas confesso que quero mudar isso nesse ano, pois eu tenho adorado as premissas e ficando cada vez mais curiosa para ler. Gostei muito de saber que essa história é real e que toca tanto assim. Achei muito massa saber, também, da empatia da moça ao ter um filho.
Vou anotar a dica e me arriscar em ler, sem dúvidas,
beijos

 
Às 13 de fevereiro de 2018 às 15:07 , Blogger Carol Ramires disse...

Olá!
Eu fiquei encantada por essa Graphic. Realmente, acredito que no momento não tenha tema mais atual do que esse e me deixou muito tocada saber que se trata de uma história real. A sua resenha deixou transparecer bem o quanto você curtiu a leitura!
Beijos.

 

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