28 maio 2019

[RESENHA] Quem Era Ela



Oiii, gente!!! Vim contar para vocês sobre o livro Quem Era Ela, um thriller psicológico publicado em 2017 sob o pseudônimo de JP Delaney, pela Editora Intrínseca. Bora saber mais sobre essa incrível obra? Continue lendo.

Jane precisa de uma casa que se adeque as suas condições financeiras, mas ela descarta logo de cara várias opções. Sem saber mais qual lugar mostrar a cliente, a representante imobiliária tem a ideia de apresentar uma residência construída por um famoso arquiteto minimalista de Londres, porém, para ficar na casa, a pessoa precisa passar por um processo seletivo, que é muito criterioso.

A moça acaba se interessando pela casa, ela sente que ali pode recomeçar a sua vida, pois um tempo antes ela teve um natimorto, e desde então ela tenta se encontrar em algum lugar. Depois de um extenso questionário e uma entrevista com o arquiteto, Edward, Jane consegue a permissão para se mudar para o local.

Mas para continuar na casa, ela precisa obedecer a risca todas as regras impostas por Edward, como: não deixar nada fora do lugar, não colocar vasos, não trocar os móveis de lugar nem comprar outros, ter livros desde que seja em uma pilha e que as bordas fiquem perfeitamente alinhadas e etc, tudo para que a casa fique milimetricamente perfeita.

Jane logo se acostuma a rotina da casa, apesar de estranha, e mais logo ainda começa a se relacionar com Edward, que espera dela, obviamente, um relacionamento perfeito. No entanto, ela rapidamente começa a se sentir desconfortável, tanto com o arquiteto quanto com a casa, ela tem sempre a sensação de estar sendo observada, e o que antes era um refúgio, agora mais se parece com uma prisão.

E as coisas só pioram quando ela descobre que a garota que morou anteriormente na casa foi achada morta aos pés da escada, e que a moça também tinha um relacionamento com o arquiteto. Ao fazer algumas investigações e notar quão parecidas elas são e também suas histórias, Jane começa a correr contra o tempo para descobrir a verdade por trás do que parece ter sido um assassinato, pois ela pode estar correndo o risco de ter o mesmo destino. 

O livro é dividido entre os capítulos da Emma, a antiga moradora da casa, e os da Jane, a atual. As duas partes são narradas em primeira pessoa, o que ficou meio mórbido no caso da Emma, já que ela já estava morta enquanto narrava os fatos, mas eu gostei, pois acabou me deixando mais próxima de toda a trama e da personagem. 

As duas garotas estavam passando por momentos difíceis em suas vidas quando o Edward apareceu  (feito um príncipe encantado). A Emma tinha se mudado com o até então namorado, Simon, para a casa minimalista após um assalto a sua antiga residência, onde ela alegou ter sido estuprada também, e no meio do processo judicial ela começou a se relacionar com o Edward, já que ela não estava mais com o Simon. 

A Jane estava tentando se reencontrar após sua filha ter nascido morta, e após algumas pesquisas, ela descobre que pode ter sido por erro do hospital, e acaba entrando com um processo, e é nesse meio que o arquiteto se faz mais presente. 


Foi muito assustador ver como as duas realmente eram parecidas, não só na aparência, mas em muitas atitudes, eu cheguei até a confundir algumas partes por achar que era a Emma ao invés da Jane ou vice e versa. E mais assustador ainda foi ver como o arquiteto era exatamente igual nos dois relacionamentos, tudo o que ele dizia e dava para a Emma, ele fazia exatamente igual com a Jane.

O autor não ficou enrolando para apresentar as informações, e isso foi algo que eu amei, ele foi traçando um caminho muito bem articulado, com cada peça se juntando a outra do próximo capítulo, nos fazendo entender o porquê disso ou daquilo, e ao mesmo tempo não nos entregando tudo, dando margem a várias possibilidades para o mistério.

Eu já tinha juntado várias partes e estava achando que tinha descoberto o final do livro, mas quando chegou o final a história virou de cabeça para baixo, pois a pessoa que eu menos esperava, a que aparecia na trama o tempo todo, mas que não tinha, aparentemente, nada apontando para ela, era a culpada (e quando parei para juntar os detalhes, estava lá a resposta).

Sem contar com as coisas que eu deixei passar sobre as personagens principais e no final descobri que elas não eram somente as vítimas da trama, e quando parei para analisar algumas partes que na hora me pareceram um pouco estranhas, tudo fez um grande sentido.

Algumas cenas dentro da casa me deixaram meio claustrofóbica, acho que comecei a me sentir observada junto com as protagonistas. A casa era vigiada por câmeras e sensores de presença 24 horas, pois tudo funcionava por travas de segurança eletrônica e essas coisas (a casa quase tinha vida própria kkk) mas ao longo da trama, quando os problemas começaram a surgir, a casa começou a "brincar" com as moças, ela apagava as luzes do nada, mudava a temperatura do chuveiro, desligava e acendia as chamas do fogão do nada e etc (ou seja, pequenas coisas que fariam com que eu ficasse doida).

Eu amei a edição, a arte da capa passa uma ótima mensagem do enredo do livro. As folhas são amareladas e a diagramação é simples, não encontrei nenhum erro de revisão.

Gostaria de ficar falando e falando sobre a história, mas um fio puxa o outro e eu acabaria dando vários spoilers e perderia toda a graça da leitura. Então, se você gosta de um bom thriller, onde o autor prepara milimetricamente cada ponto para brincar com o seu psicológico, eu super recomendo Quem Era Ela, sério, leiam!!!

                                                      
                         Título: Quem Era Ela Páginas: 331Autor(a): JP Delaney  
Tradutor(a):  Alexandre Raposo  | Editora: Intrínseca | Ano: 2017







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8 Comentários:

Às 29 de maio de 2019 às 12:57 , Blogger Bianca Ribeiro disse...

Eu vi um moço que eu sigo no instagram falando desse livro e só o que ele falou ja me deixou muuuuuuuuito curiosa, sem contar que eu adoro esses livros que tem uma capa mais misteriosa sabe...
Adoro thrillers e saber que você favoritou o livro e teve que se segurar pra não falar demais é maravilhoso, tô ainda mais curiosa pra ler!!

 
Às 29 de maio de 2019 às 17:22 , Blogger Karoline Gonçalves disse...

Oie Mi
Tudo bem?

Eu estou sem ar! kkkk de verdade. Primeiro, que esse livro ta na minha lista de compras mas sempre o deixo pra depois. Segundo, acho que estou vacilando pois conforme sua resenha, ele parece INCRIVEL.
Me senti nervoso com a sua descrição, imagine com as personagens. Sinto que vou amar.
ótima resenha!

Bjos e Cheiros
@anakaroline_gc
http://www.livreando.com.br/

 
Às 30 de maio de 2019 às 20:14 , Blogger Carol Nery disse...

Aaahhh, eu sou muito a loka dos thrillers. QUERO MUITO ler esse livro. Duas amigas leram mês passado e eu não consegui encaixar. Tô doida pra ter minha própria impressão dessa história.
Mas, por sua resenha e sua nota, estou com a expectativa lá em cima!!!!
Beijo
Carol, do Coisas de Mineira

 
Às 31 de maio de 2019 às 15:09 , Blogger Marijleite disse...

Gente, que medo dessa casa que quase tem vida própria! Eu sou super curiosa para ler esse livro e descobrir quem está por trás de tudo nessa trama, amei conferir sua opinião.

 
Às 31 de maio de 2019 às 16:52 , Blogger Lucy disse...

Oi, Mi! Eu acho que uma amiga minha já leu esse livro... Vou perguntar a ela se ainda tem, fiquei super curiosa sobre o desfecho que você mencionou. rsrs
Bjos
Lucy - Por essas páginas

 
Às 31 de maio de 2019 às 18:43 , Blogger Debyh disse...

Olá,
Eu li este livro e realmente é muito bom. A casa da uma certa claustrofobia mesmo, é um dos meu maiores medo "casa inteligente" hahahaha. Gostei também das nuances dos personagens.

Debyh
Eu Insisto

 
Às 1 de junho de 2019 às 23:25 , Blogger D e s s a disse...

Tem leituras que a gente poderia falar durantes horas, né? É tão bom isso! Eu adoro esse gênero, praticamente todos os livros que eu leio de suspense me gradaram. Então eu sei que esse não vai ser diferente, mas ainda não tive oportunidade de ler.
beijos

 
Às 2 de junho de 2019 às 16:25 , Blogger Erika Monteiro disse...

Oi, tudo bem? Uau que triler hein... nem preciso dizer o quanto a história me fisgou. Gostei também de como os capítulos são divididos e acompanhamos a visão das duas personagens. Concordo com você é um tanto mórbido ela descrever já que estava "morta". Já imaginei a adaptação para o cinema. Beijos, Érika =^.^=

 

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