22 novembro 2020

[FILME] UM CONTRATEMPO

Oi gente.

Ultimamente eu ando numa vibe de ver filmes (algo incomum, uma vez que vejo mais séries), e assim que eu terminei se ver este, eu soube que precisava vir comentar com vocês. Então se vocês gostam de thriller psicológico (e até aqueles que não gostam), venham comigo saber mais sobre ele.

Adrian Doria é um empresário de sucesso e que está colhendo os louros de sua carreira. Rico, casado, pai e em ascensão, ele tem a vida que muitos adorariam ter. No entanto, quando Um Contratempo começa, Adrian Doria acorda em um quarto de hotel tendo como única companhia o corpo de Laura, sua amante. Sua vida a partir de então se torna um inferno, e toda a felicidade presente em sua vida começa a ruir.

Ele então tem de recorrer à Virginia Goodman, a melhor advogada de defesa da Espanha. Juntos, os dois precisam descobrir o que aconteceu no quarto de hotel enquanto Dorian estava desmaiado, como o assassino entrou e saiu de lá sem ser visto e porque armaram para ele. É a partir de uma conversa franca entre os dois que as histórias sombrias da vida do empresário começam a vir a tona, e então as peças do quebra cabeça são colocadas no lugar.

Devo confessar para vocês que não estava entusiasmado quando comecei a assistir ao filme. Quando vi que era de origem espanhola, eu pensei em deixar para lá, uma vez que minhas experiências anteriores com elas não foram muito boas. Mas a curiosidade foi maior e continuei. Nos primeiros minutos de filme somos fisgados por um roteiro bem escrito e que foca no desenvolvimento dos personagens principais, e à medida que os minutos vão passando, dos personagens secundários, que vão se encaixando de forma sucinta às nuances do enredo.

O roteiro também não falha em nos apresentar vários pontos de virada ao longo do filme. À medida que as respostas são dadas, uma nova reviravolta que muda tudo acontece, e então somos levados à caminhos diferentes. Isso dificulta bastante darmos um palpite sobre os acontecimentos que antecederam a morte de Laura e a identidade do(a) assassino(a). Tudo isso sem deixar a desenrolar dos acontecimentos enfadonhos.

Eu ainda não havia visto nada do diretor Oriol Paulo (que também é o roteirista), mas confesso que fiquei bem surpreso e curioso para conferir outros trabalhos. Mario Casas e Bárbara Lennie também me surpreenderam bastante com suas atuações. Aqui, eu tiro o meu chapéu para Lennie, que consegue captar e expressar todas as várias nuances da personalidade de sua personagem, se tornando uma incógnita durante todo o tempo. Ela consegue trazer uma atuação voraz quando necessário, e singela a medida que o roteiro exige isso dela.

A fotografia do filme também me agradou, casando muito bem com o ar de mistério e suspense que o filme trás. A trilha sonora de Fernando Velàsquez não chega a ser excepcional, mas também não deixou a desejar. Ele preferiu dar foco ao instrumental, o que também agregou ao conjunto, mas não me deixou tão fascinado quanto o restante. O que, de forma alguma, é algo negativo ou tira qualquer mérito do resultado final.

Dito tudo isso, acho que já ficou claro que Um Contratempo acaba de entrar na minha lista de filmes favoritos, e eu só me arrependo de não ter conhecido ele antes, uma vez que ele é de 2016. Ah, e aviso aos navegantes que ele está disponível na Netflix.


Filme: Um Contratempo | Duração: 106 minutos 

Estúdio: Think Studio Roteirista: Oriol Paulo Diretor(a): Oriol Paulo Ano: 2016

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